Elétrico de Sintra

Elctrico

Horário e preços:

Horario Primevera 2018 A4 

História


 

A ideia de ligar Sintra a Colares e posteriormente à Praia das Maçãs surgiu em 1886. Durante vários anos foram feitas sucessivas tentativas para a concretização deste projeto que fracassaram uma a uma.

Só em novembro de 1898 foi dado um passo de gigante, quando a Câmara concedeu a Nunes de Carvalho e Emídio Pinheiro Borges, pelo prazo de 99 anos, a concessão para construir e explorar um caminho de ferro a vapor entre Sintra e a Praia das Maçãs, mais tarde substituída pela tração elétrica.

Em julho de 1900 é constituída a Companhia do Caminho de Ferro de Cintra à Praia das Maçãs que em 1904 passou a denominar-se Companhia Cintra ao Oceano.

Em agosto de 1902, na zona da Estefânia começou a construção desta linha e, em março de 1903 são encomendados à firma americana J. G. Brill Company, 13 elétricos, sendo 7 carros motores e 6 atrelados.

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A 31 de março de 1904 é aberto o primeiro troço desta linha, entre Sintra (Vila Velha) e São Sebastião de Colares, numa extensão de 8,900 metros e a 10 de julho seguinte, foi aberto o troço até à Praia das Maçãs, numa extensão de 3,785 metros.

Desde o início, a vida dos elétricos foi sempre atribulada. Em 1914 é constituída a Companhia Sintra-Atlântico que substituiu a anterior empresa que entretanto tinha falido.

A 31 de janeiro de 1930 os elétricos chegam à pitoresca vila das Azenhas do Mar. A linha atingia assim a sua máxima extensão: 14,600 metros.

Os elétricos de Sintra tinham entrado no seu melhor período impulsionados pelo dinamismo do seu administrador, Camilo Farinhas que dirige a Sintra-Atlântico até ao ano da sua morte, em 1946.

A decadência surgirá a partir de finais dos anos 40 com o desenvolvimento dos transportes mecânicos.

A partir de 1953 os elétricos passam a funcionar somente durante o Verão e em 1955 é encerrado o troço Praia das Maçãs e Azenhas do Mar. Em 1958 o mesmo acontece ao troço entre a Vila Velha e a Estação de Sintra, devido ao alargamento da Volta do Duche e do incremento do tráfego automóvel nesta zona de Sintra.

Funcionando unicamente nas épocas estivais entre Sintra (Estação) e a Praia das Maçãs, os elétricos vão adquirir um estatuto muito especial, tornando-se num autêntico “ex-libris” de Sintra e conhecendo um novo período de ouro. Aos domingos e feriados, era comum ver autênticas avalanches de pessoas à procura de um lugar nos elétricos. Não havia elétricos que chegassem para transportar tanta gente.

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Em agosto de 1967, a Sintra-Atlântico é comprada pelo grupo de camionagem Eduardo Jorge. Com esta nova administração o investimento nos elétricos reduz-se ao mínimo da sua sobrevivência esperando pelo fim da sua concessão pois, a exploração há muito tinha deixado de ser rentável. A degradação das infra-estruturas e material circulante tornam-se visíveis, fruto do desinvestimento por parte da empresa concessionária.

Este panorama nada animador prolonga-se até 1974, ano em que os eléctricos funcionam pela última vez até Sintra. Em de julho de 1975 é autorizada a substituição dos elétricos por autocarros.

Apesar de todas as adversidades, a vontade de colocar os elétricos novamente nos carris não acabou e a 15 de maio de 1980, foi oficialmente reiniciada a circulação dos elétricos nesta linha mas, somente entre o Banzão e a Praia.

Entre 1996/97 foi recuperado o troço entre a Ribeira e a Praia das Maçãs e a 30 de outubro de 1997, a Ribeira viu novamente chegarem os eléctricos. A 4 de junho de 2004, precisamente no ano do seu centenário, os elétricos chegam de novo a Sintra, mais propriamente até à zona da Estefânia.

De novo em funcionamento este “património sobre carris” e muitos anos depois, é com grande alegria que se voltou a ver os carros eléctricos a circular cheios de passageiros.

REGRAS

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