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Transparência Municipal
Uma subida de 191 posições em quatro anos
Sintra está entre os 10 primeiros no no Índice de Transparência Municipal (ITM), posicionando-se ainda como o primeiro dos grandes municípios pelo 3º ano consecutivo.
Na gestão pública autárquica, a transparência é fundamental para a mudança de comportamentos, aumentando o poder dos eleitores e dando-lhes a possibilidade de se tornarem uma comunidade que verdadeiramente participa e controla.
Disponibilizar a consulta dos atos de gestão é central nos regimes democráticos contemporâneos, de acordo com os princípios da transparência, legalidade e da boa fé. Na relação com o poder público, o acesso livre aos documentos protege o cidadão de atos arbitrários, e torna-se condição para a sua efetiva participação na gestão da coisa pública, assim concorrendo para um mais perfeito processo democracia.
A lassidão e a opacidade são caminhos para a corrupção. O relatório anual sobre o Índice de Perceção de Corrupção elaborado pela ONG Transparência Internacional destaca nos primeiros lugares do ranking os países com o acesso à informação há muito consolidada: é o caso da Suécia, dos Estados Unidos, ou da Dinamarca. Não se admite hoje um Estado de Direito democrático, no qual os cidadãos sejam privados de informação indispensável ao controle de gestão da coisa pública.
A transparência na gestão impõe que os documentos que a suportam sejam divulgados, através de meios electrónicos de acesso público, a fim de incentivar a participação de todos e a audiência dos interessados durante os processos de elaboração e de discussão de matérias de interesse coletivo tais como regulamentos, planos, contratos ou orçamentos. Para tanto devem os cidadãos ser informados atempada e de forma clara dos documentos relevantes para o escrutínio da gestão autárquica e verificação da evolução das metas programáticas aí fixadas.
A democracia é, por essência, avessa ao segredo. Para combater que o poder se torne invisível e arbitrário, é necessário construir a sociedade democrática em que os direitos não se limitem nem se esgotem na escolha dos governantes, mas se alarguem ao controle dos respetivo exercício.
Basílio Horta
Presidente da Câmara Municipal de Sintra