Sintra no Passado - Há Cem Anos

sintra-no-passado-1Há cem anos, em 1916, a Alemanha declarava guerra a Portugal, após terem sido requisitados, a pedido do governo britânico, 72 vapores alemães surtos em portos nacionais e das colónias, e com isso entrávamos na I Guerra Mundial.

Foi então constituído o governo de “União Sagrada”, presidido por António José de Almeida, com Afonso Costa nas Finanças e Norton de Matos na Guerra, que determinou a imposição da censura e dissolveu a União Operária Nacional e outras estruturas sindicais.

A pena de morte no teatro de guerra foi reintroduzida e o serviço militar obrigatório estendido a todos os cidadãos entre os 20 e os 45 anos.

 

 

Machado Santos organizou uma sublevação militar, que não surtiu efeito, ocorrendo combates com tropas alemãs no norte de Moçambique, enquanto o Corpo Expedicionário Português se preparava para combater no teatro de operações europeu. Em Paris, em abril desse ano, suicidava-se Mário de Sá Carneiro.

Em Sintra há cem anos, no longínquo ano de 1916, a pequena propriedade ocupava metade do concelho,16.285 hectares; a média propriedade 1/8, 4071 hectares, e 3/8 a grande propriedade, 12314 hectares.

As maiores propriedades cerealíferas localizavam-se em Casal de Alfouvar e Casal da Torre, e na Granja do Marquês. Nesse ano morre João Augusto Cunha, fundador dos Bombeiros de Sintra, e em junho, por proposta do vereador Francisco Álvares Pereira de Carvalho Jr., a Câmara deliberou que o feriado municipal fosse a 29 de agosto, data do falecimento em Sintra de Latino Coelho.

sintra-no-passado-2Foi em 1916 que abriu em S. Pedro a fábrica de queijadas “Recordações de Sintra” de Gregório Casimiro Ribeiro, em 27 de agosto era inaugurada uma “estação de incêndios” no Largo Afonso de Albuquerque.