Fontainebleau: um parceiro e um amigo

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A vila de Fontainebleau, com quem Sintra se vai geminar em março de 2016, é, como nós, um sítio classificado como Património da Humanidade, devido sobretudo ao seu castelo, e constituirá a primeira geminação de Sintra com uma cidade da União Europeia.

São seculares as relações entre a França e Portugal, sendo dessa origem o conde D. Henrique, pai do nosso primeiro rei, nascido em 1066 em Dijon, e em particular se destaca a visita que o nosso rei D. Afonso V, nascido em Sintra, fez a Luís XI, ou a importância que a França de Richelieu teve na recuperação da independência portuguesa em 1640. Mas francesas eram igualmente a rainha Maria Francisca de Sabóia, mulher de D. Afonso VI e de D. Pedro II, ou Amélia de Orleães e Bragança, a última rainha de Portugal.

A História não ditou até ao presente uma relação de particular afetividade entre Sintra e Fontainebleau. Foi nesse castelo, efetivamente, que em 1807 Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio dos portos europeus aos navios ingleses, o que esteve na origem das Invasões Francesas a Portugal, aliado da Inglaterra. Em Sintra igualmente em 1808 foi assinada a Convenção que determinou o fim da incursão de Junot em Portugal, com particulares contrariedades para um país apanhado na guerra entre as potências. Mas de França sempre nos vieram as Luzes esclarecidas e os ideais da Liberdade, as grandes correntes filosóficas e o melhor da cultura europeia, e ainda hoje, devido à numerosa comunidade portuguesa residente nesse país, a que se devem acrescentar os luso descendentes, as relações entre Portugal e França, e das suas comunidades locais, são uma pedra angular na busca do progresso económico, da produção cultural e do incremento turístico, como a demonstração de solidariedade do povo português com o povo da França o demonstrou na sequência dos recentes atentados terroristas em Paris.

Aos amigos de Fontainebleau, portanto, soyez les bienvenus a Sintra!