Autarquia entrega prémio Ferreira de Castro a "Elogio da Infertilidade"
A coletânea de contos "Elogio da Infertilidade", de Cláudia Andrade Fernandes, venceu a edição deste ano do Prémio Ferreira de Castro de Ficção Narrativa, entregue esta terça-feira pelo presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta.
O júri atribuiu ainda "menção honrosa", por unanimidade, aos romances "Amazona Portuguesa", de Mário Silva Carvalho, "Danação", de Luís Pimentel, "O Privilégio dos Mortos", de Whisner Fraga, e ao original de contos "Como Desmontar uma Nuvem", de José Eduardo Mendonça Umbelino Filho.
Além do prémio pecuniário de cinco mil euros, "Elogio da Infertilidade" será editado pela Câmara de Sintra com uma tiragem de mil exemplares.
Basílio Horta refere que “este prémio foi entregue pela última vez há nove anos e tem um valor pecuniário de cinco mil euros. Em 2018 a atribuição deste prémio assinala os 120 anos do nascimento do escritor Ferreira de Castro”.
“Em 2018 para além deste Prémio Literário Ferreira de Castro de Ficção Narrativa, vai existir também o Prémio Literário de Sintra Ruy Belo que premeia a obra poética publicada nos últimos dois anos (o último prémio foi entregue há dez anos)”, concluiu Basílio Horta.
O júri do Prémio Ferreira de Castro de Ficção Narrativa/ 2017 foi constituído por Annabela Rita, em representação da Associação Portuguesa de Escritores, Liberto Cruz, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, e Ricardo António Alves, pela Câmara de Sintra.
Os Prémios Literários de Sintra têm como objetivo enaltecer as figuras e obras dos autores sintrenses, por nascimento ou adoção, tais como Ferreira de Castro ou Ruy Belo.
De acordo com o critério do júri do Prémio Ferreira de Castro atribuído à coletânea de contos “Elogio da Infertilidade”, de Cláudia Andrade Fernandes – que com o nome literário, Victória F., assinou já dois romances – a obra agora distinguida revela, ao longo das 18 narrativas breves de que é composta, grande maturidade estilística, servindo um registo irónico, por vezes cáustico.