Sintra debate plano sobre alterações climáticas

O Workshop Municipal de Sintra referente ao Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas da Área Metropolitana de Lisboa (PMAAC-AML) realizou-se esta segunda-feira, dia 19 de novembro, no MU-SA – Museu das Artes de Sintra.

O presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, salientou a pertinência atual e global do plano e a importância da proteção ambiental tanto a nível local como internacional, referindo que “todas as intervenções em vigor no município têm sempre em atenção o impacto ambiental e territorial, prova disso são as mudanças estruturais qualitativas em Sintra, como a implementação de uma rede de ciclovias abrangendo várias áreas do concelho, a reabilitação energética das nossas escolas ou a construção de novos parques verdes em meio urbano.”

O edil referiu ainda como prioridade para a politica ambiental da autarquia a diminuição da emissão dos gases com efeito de estufa, mencionando que Sintra já ultrapassou a redução estipulada na adesão ao Pacto de Autarcas para o Clima e Energia, “a nossa redução hoje é de 30%, porém não estamos satisfeitos, queremos chegar aos 50%”.

O Primeiro Secretário Metropolitano da AML, Carlos Humberto de Carvalho, abordou o fenómeno das alterações climáticas como “consequências da nossa própria vida e talvez de decisões menos ponderadas”, sendo agora necessário “encontrar mecanismos para nos adaptarmos a esta situação e melhora, o plano será orientador das nossas decisões”.

O ‘Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas da Área Metropolitana de Lisboa (PMAAC-AML) tem como principais objetivos conhecer, de forma mais aprofundada, o fenómeno das alterações climáticas a nível local e metropolitano, identificando as opções e medidas necessárias para a adaptação das infraestruturas, dos equipamentos, dos métodos e práticas, das entidades públicas e privadas e das populações aos cenários futuros de alterações e de fenómenos climáticos extremos.

A metodologia de concretização deste Plano assenta em três fases-chave de trabalho: (i) estabelecimento do cenário base de adaptação; (ii) identificação das principais vulnerabilidades e impactes à escala metropolitana; e, (iii) definição de opções, medidas e ações de adaptação a implementar na AML; todo este trabalho técnico-científico será complementado por diversas ações de envolvimento e auscultação de entidades de referência a nível nacional, metropolitano e local.
Neste momento, a primeira fase do PMAAC-AML encontra-se concluída, existindo já um cenário base de adaptação estabilizado a partir de uma contextualização climática dos últimos 40 anos e de uma cenarização de evolução do clima da região até 2100, complementadas com um enquadramento socioecónomico prospectivo, uma avaliação do ambiente institucional realizada sobre a temática da adaptação e uma análise da perceção de risco sobre as alterações climáticas em resultado da auscultação da população e dos técnicos municipais.

Pretende-se igualmente que o PMAAC-AML possa promover a integração da adaptação às alterações climáticas no planeamento intermunicipal e municipal, criando uma cultura de cooperação transversal aos vários setores e atores socioeconómicos da região e reforçando a prazo a resiliência territorial da AML.

O PMAAC-AML é cofinanciado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), e a sua elaboração, que está a cargo de uma equipa transdisciplinar de consultores do consórcio CEDRU - IGOT - WE CONSULTANTS - TIS – ESRI, decorrerá ao longo de 18 meses, até julho de 2019, envolvendo diretamente todos os 18 municípios da área metropolitana.

 

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