Documento mês fevereiro 2013

Fevereiro - Aforamento do Castelo dos Mouros

Descrição: Alvará da Concessão do Aforamento do terreno denominado de Castelo dos Mouros, passado pelo Conselho Geral do Distrito de Lisboa a favor de El Rei D. Fernando II

Cota: AMSNT/AH 

Data: 12 de Fevereiro de 1840

Suporte: Papel, manuscrito

Dimensões: 380x230 mm 

Explanação do documento: Alvará/Aforamento: É uma “tenure” (concessão), cedida quer por um tempo limitado quer perpetuamente.

 

António de Gamboa e Liz. do| 

Conselho de Sua Majestade, Comendador da Or-|

dem de Cristo, e Administrador Geral do Distrito de|

Lisboa [Rubrica]

 

Faço saber que havendo sido presente ao Conselho|

d’este Districto o processo de Afforamento de um terreno de-|

terminado = Castello dos Mouros = feito a Sua Majestade|

El Rei D. Fernando pela Camara Municipal do Concelho de Cintra, o mesmo Conselho em Sessão de hoje decidio pe-|

la maneira seguinte = Atendendo a que n’este afforamento se guardarão as solemnidades legais acordou o Conselho do Districto em prestar.lhe a sua confirmação =|

E par que conste mandei passar o presente Alvara na com-|

formidade do artº 203 do Codigo Administrativo, o qual de-|

vera ser notado no livro competente. Lisboa 12 de Fe-|

vereiro de 1840.

 

O Administrador Geral

António de Gamboa e Liz [Assinatura]

 

[Sinal Público/Selo Branco]

 

Not.do no Lº respectivo|

        Nº “911”

 

O Castelo dos Mouros, também conhecido como Castelo de Sintra, fica situado na freguesia de São Pedro de Penaferrim. Este castelo de fundação muçulmana é datado dos séculos VIII/IX, e foi erguido sobre um dos maciços rochosos da serra, em posição estratégica de defesa. 

Do alto das muralhas do Castelo dos Mouros, podemos desfrutar de uma belíssima vista em que se pode contemplar a sua envolvência rural, desde a serra até ao oceano Atlântico.

Apesar de o monumento ser visível desde a vila de Sintra, a verdade é que o acesso ao interior das muralhas é feito por um caminho sinuoso, conhecido como a Rampa da Pena. Este é um espaço que, ao longo dos séculos, tem sido ocupado por diversas obras com inestimável valor artístico e histórico, existindo aí também uma grande variedade de espécies botânicos raros e exóticos.

Em meados do século XIX, o Romantismo promovia a redescoberta da Idade Média, sendo perante esta mentalidade que Fernando II, consorte da rainha D. Maria II, resolveu tomar o que restava do antigo Castelo, através de um processo de aforamento.

Apesar de as obras promovidas por este terem tido um caráter meramente lúdico, tiveram o mérito de parar o processo de degradação em que o Castelo se encontrava até aí. 

Levando em conta o estilo Romântico, foram aí construídos alguns locais de contemplação e caminhos de acesso, além de ter também sido aí plantada uma grande variedade de vegetação, fazendo desse local uma verdadeira atração turística.

 
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