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Perguntas Frequentes sobre o Regulamento Geral de Proteção de Dados da Câmara Municipal de Sintra
Figura incontornável da música e composição em Portugal no século XX foi Viana da Motta, e no mês do Festival de Sintra, nada como recordar essa grande figura da cultura portuguesa.
José Viana da Motta nasceu no dia 22 de Abril de 1868 na Ilha de São Tomé. Com dois anos de idade veio para a Metrópole, passando a residir em Colares (Sintra), em local assinalado em 1971, com uma lápide da autoria de Anjos Teixeira, no nº38 da R. da República.
Os seus dotes musicais precoces foram desde logo notados, nomeadamente pelo seu pai, também um amante da música, que soube incitar a vocação do filho. Aos sete anos ingressa no Conservatório e aos 13 apresenta-se pela primeira vez em concerto no Salão da Trindade, com obras da sua autoria. O rei D. Fernando nota o seu talento e a partir de então Viana da Motta torna-se seu protegido. Terminado o curso do Conservatório com distinção, o rei e a Condessa d’Edla patrocinam uma bolsa de estudo para piano na Alemanha, no Conservatório de Scharwenka. Em 1882, Vianna da Motta parte então para Berlim, e inicia uma carreira nacional e internacional de renome.
Mas voltou sempre a estas terras de acolhimento na sua infância e, inclusive, contribuiu para o seu progresso. Reza a imprensa da época que, não existindo rede eléctrica pública em Galamares e Colares, Viana da Mota realizou um concerto, gratuito, no cineteatro de Galamares, a 15 de Setembro de 1923 ,a fim de se obterem fundos para a instalação de energia elétrica em Colares, sendo a luz para tal concerto fornecida, a título precário, pela companhia Sintra-Atlântico, através da sua rede de tracção.
A parte mais significativa da sua produção artística foi confiada à música para piano e para canto e piano, onde musicou tanto textos portugueses como alemães. Esta é talvez a sua música de cariz mais íntimo, resultando nas páginas mais belas da sua criação. No entanto, a sua obra mais simbólica é a Sinfonia “A Pátria”, em Lá Maior, Op.13. Composta em 1895 e estreada dois anos mais tarde no Porto. Cada um dos seus quatro andamentos é expressão musical da obra maior de Camões, Os Lusíadas.
Emblemática da corrente nacionalista, fruto do Ultimato Inglês a Portugal, esta obra constitui a primeira sinfonia bitemática escrita por um compositor português.
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