Documento do mês abril 2013

Abril - Cartaz 25 de Abril 1974

Para documento do mês de Abril optou-se por um cartaz denominado “25 de Abril - Liberdade”, pertencente ao espólio de Lino Paulo – AMST/AH/Arquivos Privados/Arquivos Familiares Lino Paulo; [Material gráfico].- [S.I.:s.n.], 1988; papel; cores; 47x68 cm

Na madrugada do dia 25 de Abril de 1974, Lisboa assistiu a um movimento militar inusual. Homens e veículos avançam, através da noite, pela capital e vão ocupando, sem resistência, vários alvos estratégicos, com o objetivo de derrubar o regime vigente, são os militares do auto denominado Movimento das Forças Armadas – MFA

A ditadura militar instituída em 28 de Maio de 1926, deu origem, ao estado novo de Salazar. Quando este deixa a chefia entregou-a a Marcelo Caetano que herdou uma guerra colonial e um país sem liberdade.

Sem solução os miliares profissionais encetam movimentações de carater corporativo que se transformam em reivindicações políticas, acabando por encarar como última saída o derrube do regime pela força.

Na noite de 24 para 25 de Abril, a Rádio Clube Português e a Rádio Renascença emitiam duas canções que iriam ser recordadas:

“E depois do adeus”, interpretada por Paulo de Carvalho e “Grândola Vila Morena”, interpretada por Zeca Afonso, desencadeando as operações militares.

Em perfeita coordenação elementos envolvidos no plano, ocuparam as respetivas unidades formando colunas de militares e sem disparar um único tiro, tomaram os pontos estratégicos do país.

Com as forças fieis ao governo em desvantagem e na defensiva, apenas dois momentos de tensão se registaram naquela primeira fase, ambas em Lisboa num encontro com destacamento de blindados obediente ao governo, que por pouco não abriu fogo, e horas mais tarde, quando Salgueiro Maia manda abrir fogo contra as paredes exteriores do Convento do Carmo (Guarda Nacional Republicana), como forma de persuadir Marcelo Caetano, lá refugiado, a render-se. O Chefe do governo rende-se e o poder passa para António Spínola. A população já estava nas ruas para manifestar o seu apoio à causa do Movimento das Forças Armadas: a de libertar o país da repressão em que esteve mergulhado mais de 40 anos. 

Logo no dia 26, forma-se a Junta de Salvação Nacional constituída por militares. Os presos políticos foram libertados, autorizados os sindicatos livres e os partidos.

O 25 de Abril de 1974 ficará, para sempre, como o dia em que Portugal deu os seus primeiros passos em direção à democracia. O dia dos cravos e da liberdade … permanecerá para sempre ligado à História de Portugal.

 

Cota: 0603/PT11-CTZ

 
###BLANK###