A Casa é uma exposição a partir de um projeto mais amplo que foi iniciado em 2012 e é constituído por diferentes registos, apropriações e ficcionalizações fotográficas, videográficas e sonoras do interior de uma habitação e dos derradeiros testemunhos das vidas que nela decorreram.

A casa é, assim, uma casa e não todas as casas. Nela permanecem os fragmentos – os restos ou ruínas – da vida dos seus diferentes habitantes. Nas palavras do artista, esta casa encontra-se «numa paradoxal suspensão» a qual não é senão uma outra forma de vida, uma etapa mais na sua existência, que se prolonga para além daqueles que a ocuparam entre 1930 e 1979.

Nesta exposição, a casa adquire o estatuto de organismo vivo, que sobrevive aos seus habitantes e que, mais importante, é um dos principais sustentáculos da memória deles, guardando as frágeis ruínas dessas vidas – reduzidas a vislumbres, mas, ainda assim, a uma forma de presença. Nesta evocação do papel da memória, o trabalho de Henrique Vieira Ribeiro evoca também Aby Warburg e o seu projeto Mnemosyneé, ao associar imagens distintas com base nas afinidades objetivas e subjetivas que mantêm entre si.

A Casa é uma exposição constituída por fotografias pertencentes a quatro séries diferentes, um vídeo de 22 minutos e alguns objets trouvés – ou, para ser mais exato, por alguns objetos mnemónicos escolhidos.

Mestre em Arte Multimédia, vertente de Audiovisuais, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, e licenciado em Arte Multimédia, vertente de Fotografia, pela mesma instituição.

Docente convidado na Escola Superior de Arte e Design – Caldas da Rainha (2015/2016 e 2016/2017) nas disciplinas de fotografia, projeto audiovisual e multimédia e desenho digital.

Participa em 2017 na residência artística ResArt Marvão.

A partir de 2018 desenvolve um programa de artes plásticas e de multimédia e audiovisuais dirigido a alunos dos 2º e 3º ciclos, inserido num plano promovido pela Junta de Freguesia de Belém.

Na prática autoral, as suas inquietações têm como origem aspetos relacionados com a condição humana, nomeadamente a reflexão acerca da necessidade/desejo de transcendência do ser humano.

Representado em várias coleções particulares e/ou instituições nomeadamente:

Museu do Combatente, Galeria Artur Bual, Associação 25 de Abril, Biblioteca FCT-Nova, Fundação Portuguesa das Comunicações, Coleção Raquel e José Delgado Martins, Coleção Figueiredo Ribeiro – Quartel da Arte Contemporânea de Abrantes, e MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea

 

/ Paradeisos, Museu Nacional de História Natural e da Ciência – MUNHAC, Lisboa, curadoria de Sofia Marçal

/ Da árvore, Espaço Cultural Mercês, Lisboa, texto de Victor dos Reis

/ O erro de Prometheus, Auditório Municipal Augusto Cabrita, Barreiro, texto de Ricardo Escarduça

/ O Arquivista [projeto CT1LN parte II], MNAC-Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, curadoria de Adelaide Ginga

/ As Viagens de Paulo V. [projeto CT1LN parte I], Fundação Portuguesa das Comunicações, Lisboa, curadoria de Adelaide Ginga

/ Horizontes Brancos, Ocupart / Espaço Camões da Livraria Sá da Costa, Lisboa, texto de António Guerreiro

/ Apokatastasis, CAT – Casa das Artes de Tavira – Tavira

/ …no princípio, Quartel da Arte Contemporânea de Abrantes – Coleção Figueiredo Ribeiro, curadoria de Adelaide Ginga

/ Prontuário dos Afectos, Biblioteca da FCT/UNL, Caparica, curadoria de Andreia César

/ CT1LN parte I – As viagens de Paulo V., Mute Art Gallery, Lisboa

/ Tremor, BangBang Art Gallery, Lisbon, curadoria de Andreia César

/ O voo e queda de Ícaro, Mute Art Gallery, Lisboa

/ Apokatastasis, Arquivo Municipal de Lisboa, núcleo Fotográfico, Lisboa

/ SAL, Museu Municipal de Faro, curadoria de Andreia César

/ Rumor, ETC, Espacio Transfronterizo, Badajoz, Espanha

/ Museu do Combatente – Forte do Bom Sucesso, Lisboa, c/ Ana Vieira Ribeiro

/ Galeria Saudade, Sintra, c/ Ana Vieira Ribeiro

/ Museu Municipal de Faro

/ Galeria Artur Bual, Amadora, c/ Ana Vieira Ribeiro

 

/ Dissonâncias, MNAC-Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, curadoria de Adelaide Ginga e Emília Tavares

/ Mostra 2020, Lisboa

/ Espaço Interior, Exposição integrada na Trienal de Arquitetura de Lisboa, MNAC-Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, curadoria de Mariabruna Fabrizi e Fosco Lucarelli

/ Ensaios sobre a (In)flexibilidade do Natural – Parte I, Ministério do Ambiente, Lisboa, curadoria de Andreia César

/ Panorama, Hotel Le Consulat, Lisboa, curadoria de Adelaide Ginga

/ 30 Anos CAT, Casa das Artes de Tavira, Tavira, curadoria de Ilídio Salteiro

/ ReTornar Terra, Galeria BangBang, Lisboa, curadoria de Andreia César

/ A Casa: 50.12, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, projeção inserida no Congresso da Cidadania, promovido pela Associação 25 de AbrilW

/ Tulipa, raum: residências artísticas online, curadoria de Rogério Taveira

/ Damage is done, VAÂG Art-Gallery, Lisboa