História de Sintra

 

No âmbito contextual de natureza, arquitetura e ocupação humana, Sintra, o seu termo e a Serra, evidenciam uma unidade que hoje se considera de paisagem cultural única no panorama da história portuguesa.

Tal circunstância fundamenta-se, por um lado, num exuberante património natural, sobretudo orográfico - que faz de Sintra um local com características de "micro-clima” - e, por outro, numa intensa, precoce e contínua ocupação humana deste território que teve o seu início há vários milénios. Esta ocupação linear no tempo histórico concretizou-se com a particularidade adveniente de se ter realizado numa paisagem geográfica, climática, botânica e zoológica única como a de Sintra que, ao longo dos séculos, sempre foi encontrando eco nas diversas conjunturas diacrónicas que a história das mentalidades e das sensibilidades tem fixado.

Por diferentes motivos conjugados, entre os quais avultam o peculiar clima proporcionado pelo maciço orográfico que constitui a Serra de Sintra; a fertilidade das terras depositadas nas várzeas circundantes; a relativa proximidade do estuário do Tejo, sem esquecer ainda - a partir de dada época - a vizinhança de uma importante cidade precocemente cosmopolita e empório de variadas trocas comerciais (a velha Olisipo, de provável fundação tartéssica durante a primeira metade do 1° milénio a.C., atual Lisboa), desde cedo a região de Sintra foi alvo de uma intensa ocupação humana de que subsistem, um pouco por toda a parte, vestígios das mais diferentes épocas.

E assim que, hoje, podemos encontrar em Sintra e no seu termo envolvente uma paisagem cultural em que de praticamente todas as épocas da história portuguesa é possível recolher testemunhos e, não raro, com uma dimensão que chegou a ultrapassar, pela sua importância, os limites deste território. 

Eis, pois, Sintra, cuja mais antiga forma medieval conhecida, Suntria, apontará para o radical Indo-Europeu “astro luminoso”, “sol”.

 

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