AQUI ANTIGAMENTE HOUVE ROSEIRAS
OBRAS DA COLEÇÃO MUNICIPAL DE ARTE
18 mar a 3 julho 2022 | MU.SA- Museu das Artes de Sintra | Piso 1
Jardim
Alguém diz:
“Aqui antigamente houve roseiras”—
Então as horas
Afastam-se estrangeiras,
Como se o tempo fosse feito de demoras.
Sophia de Mello Breyner Andresen (1914-2004).
in OBRA POÉTICA, Alfragide: Caminho, 2011, p. 46
Admite-se, nomeadamente, que o prazer da contemplação dos jardins poderá derivar da sua associação à pintura paisagista. Porém, o jardim não é permanente: muda com o tempo e nunca está completo tal como uma obra de arte.
“Aqui antigamente houve roseiras” representa a persistência e lugar da memória, uma visão da temporalidade na obra de arte.