"DIGNUS", VIRGÍLIO AZEVEDO

6 a 24 abril | Sala da Fotografia - piso 0

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DIGNUS constitui uma exposição de fotografia de Virgílio Azevedo, composta por 60 retratos, aqui representada numa versão mais curta , que nos desafiam o olhar e nos despertam a consciência para a inclusão e reabilitação psicossocial em Saúde Mental.
 
Estes retratos foram tirados a 60 voluntários, incluindo utentes da Casa de Saúde do Telhal/ Instituto S. João de Deus (ISJD), colaboradores desta Casa de Saúde, familiares de utentes e outros voluntários que quiseram participar no projeto.
 
Ao colocar os retratos de cada pessoa de diferente condição e circunstância, lado a lado, o expectador terá dificuldade em identificar as pessoas com doença mental, valorizando deste modo cada pessoa retratada na sua integridade e personalidade, revelada no olhar e nos seus gostos pessoais.
 
A exposição propõe uma reflexão sobre a doença mental, uma vez que qualquer um de nós, em algum momento da vida, poderá sofrer uma doença mental, sem que isso seja motivo de culpa ou de vergonha social.
 
A exposição DIGNUS, foi inaugurada no dia Mundial da Saúde Mental, e enquadrada no âmbito das comemorações dos 125 anos da Casa de Saúde do Telhal/ISJD, esteve patente ao público no Museu São João de Deus, em 2018.
 
 

Dados Biográficos




Licenciatura em Fotografia – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia
Fotógrafo freelancer – Atividade artística e comercial em fotografia.
Assistente de investigação

 
Exposições
 
Exposição “Dignus” - Museu de S. Roque da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa - março e abril 2019;
 
Exposição “Dignus”- Museu da Casa de Saúde do Telhal - outubro de 2018 a fevereiro
de 2019;
 
Exposição “Construindo o Tempo” no Museu de S. Roque da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa - julho e agosto 2019

Sobre a exposição

DIGNUS
 
A imagem de Narciso ou de Medusa?
 
As representações de Narciso e Medusa, de Caravaggio, são símbolos da contemplação pela arte, o primeiro representa o encantamento e a segunda a petrificação. Ambos nos prendem de forma diferente perante o belo.
 
Todos os voluntários que cederam a sua imagem por esta causa, partilharam um pouco de si, falaram do que gostavam, das suas profissões, do que tinham medo, das suas paixões ou dos seus desejos. No fundo dão-nos a entender que são pessoas comuns. Entre eles, alguns viveram esta experiência através de alguém próximo, outros viveram-na na primeira pessoa, quem tenha consciência que poderá passar pela mesma situação e também quem todos os dias cuida de pessoas que recuperam.
 
O olhar de quem luta pela dignidade está do lado de lá das imagens. Ao observá-las, estamos também a ser observados. Podemos sentirmo-nos estranhamente bem, confusos ou desconfortáveis. Esta exposição propõe a consciencialização daqueles que sentirem o efeito de Medusa.
 
A todos os voluntários, muito obrigado
EXPOSIÇÃO