Ildebranda Martins denomina a maior parte das suas criações por instalações. Estas assentam em manequins sobre os quais foram aplicadas peças diversas do dia-a-dia. Estes relacionam-se com a necessidade de a artista criar ambientes cinéfilos e teatrais, em que a fantasia e a realidade se fundem e em que o sonho se torna realidade e vice-versa.

Para a autora cada peça representa um pensamento; um conjunto de obras com o mesmo alinhamento, um estado de espírito. São páginas de diário, em que cada coleção constitui um ritmo de vida especifico, de uma determinada altura da sua vida

 

Para a exposição” A partida da singularidade na normalidade “a autora refere:

 

“Nunca pensei em afirmar de que tenho saudades das rotinas de outrora, de um passado recente, de algumas ações associadas à monotonia, à repetição, à ausência de imprevistos e à necessidade permanente de adaptação a novas linguagens, meios e plataformas diferentes de trabalho. A noção de que a vida jamais será como dantes por causa da pandemia e de que há muitos conceitos que abriram definitivamente falência e práticas que perderam a sustentabilidade, instalou-se na minha consciência.”

 

 

Dados biográficos

n.Angola

1965

2002 - Frequência do Curso de História de Arte na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa.

Desde 2005 que é curadora da GALERIA BELTRÃO COELHO, em Lisboa. Autora dos coletivos “MULHERES COM ARTE”, “UNIVERSO AFRICANO”.

 

Expõe desde 1995.  Participou em vinte e cinco exposições individuais e vinte coletivas em Portugal.

Está representada em diversas coleções privadas.