Mário Silva Carvalho e Rui Lage vencem Prémios Literários de Sintra

O livro “Regresso a Kionga”, de Mário Silva Carvalho e "Estrada Nacional", de Rui Lage venceram a edição deste ano dos prémios Ferreira de Castro e Ruy Belo, entregues esta quarta-feira pelo presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta.

O Prémio Literário Ferreira de Castro, destinado a galardoar uma obra de Ficção Narrativa, foi atribuído ao livro “Regresso a Kionga”, de Mário Silva Carvalho e o júri destacou “a qualidade da escrita e a informação histórica carreada para a ficção”.

O Prémio Ruy Belo que premeia uma obra poética publicada no biénio 2016/2017, foi atribuído ao livro "Estrada Nacional", de Rui Lage, editado em 2016 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

O júri destacou a obra como “uma poética de acentuado rigor formal, dotada de uma cosmovisão própria, em que tradição, humor e experiência inovadora se enlaçam de forma notável.”

Basílio Horta referiu que “Sintra é terra de poesia e quando a lançou estes prémios foi um bom momento, a cultura faz parte da própria maneira de ser de Sintra.”

O edil felicitou os autores e mencionou que “a Câmara de Sintra está de parabéns quando reconhece este bom trabalho e que ao manter estes prémios queremos dizer que vale a pena escrever, vale a pena continuar a criar.”

Criados em 1985, os Prémios Literários de Sintra pretendem homenagear escritores sintrenses, por naturalidade ou adopção, tendo alcançado uma expressiva adesão por parte dos autores e agentes do setor editorial: 109 originais no conjunto das duas últimas edições do Prémio Ferreira de Castro Ficção Narrativa e 72 livros de poesia, no âmbito do Prémio Ruy Belo de Sintra.

O júri que avalia as obras é composto por elementos da Associação Portuguesa de Escritores, da Associação Portuguesa dos Críticos Literários e da Câmara Municipal de Sintra.

As obras vencedoras recebem o prémio pecuniário no valor de cinco mil euros e a primeira tiragem de mil exemplares pela autarquia.

Na entrega de prémios, Victória F., que venceu no ano passado o Prémio Ferreira de Castro, fez uma breve apresentação da coletânea de contos “Elogio da Infertilidade”. A obra revela, ao longo das 18 narrativas breves de que é composta,  grande maturidade estilística, servindo um registo irónico, por vezes cáustico. 

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