Igreja da Sagrada Família em Albarraque classificada como monumento de interesse público

A Igreja da Sagrada Família, ou Igreja do Bairro da Tabaqueira, em Albarraque, Freguesia de Rio de Mouro, foi classificada, esta terça-feira, como monumento de interesse público.

A Igreja da Sagrada Família foi construída em 1965, junto ao bairro operário da Tabaqueira, em Albarraque, sob projeto do arquiteto Jorge Viana, foi uma das primeiras obras a concretizar o espírito da reforma litúrgica Conciliar. Num rasgo de modernidade de conceção chamava a missão de servir de suporte espiritual à relação entre o universo laboral e o social que moldavam a alma do lugar.

No seu exterior, destacam-se os três elementos que a caracterizam: a galeria porticada; o grande óculo envidraçado na fachada principal (triangular -hexagonal), e o campanário.

O acesso ao espaço interior faz-se através de três pórticos. O espaço ocupado pelos fiéis de geometria hexagonal, rejeita o esquema organizativo longitudinal tradicional, optando por uma disposição dos bancos tão larga quanto extensa, mas mais próxima, do altar, respondendo, quer ao programa traçado pelo Secretariado das Novas Igrejas do Patriarcado, quer aos pressupostos resultantes do Concílio Vaticano II (1963).

O interior da igreja exibe um rico património integrado, com elementos de azulejaria da autoria de Lima de Freitas e Jorge Viana, calçada portuguesa, vidro colorido, sacrário (Graziela Albino), estatuária (Maria do Carmo d’Orey, e Graça Costa Cabral) e mobiliário diverso.

A classificação da Igreja da Sagrada Família, incluindo o património móvel integrado, reflete os critérios constantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, relativos ao carácter matricial do bem, ao génio do respetivo criador, ao interesse como testemunho simbólico e religioso, ao valor estético, técnico e material intrínseco, bem como à conceção arquitetónica, urbanística e paisagística.

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